Guia básico de Python - parte 1

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O que não é Python.


  1. Python não é uma cobra, isso se chama Píton.

  2. Python não é a salvação de todos os males da humanidade, isso se chama milagre.

  3. Python não é a linguagem que simplesmente é a melhor de todas e para tudo. Ok, talvez seja a melhor do mundo, ops.


O que é Python.


Python é uma linguagem de programação lançada em 1991 por Guido Van Rossum. É uma linguagem rica, sendo usada no desenvolvimento mobile, desenvolvimento web, ciência de dados, inteligência artificial, internet das coisas, sistemas embarcados e etc.


É também uma das linguagens que mais crescem, tendo uma leve escassez de profissionais, conta com um dos melhores salários do mercado.


Então você me pergunta: ta, se é usado em tudo isso, porque não é a mais usada em tudo, nem a melhor?


Bom ponto.


Vamos aos prós e contras da linguagem? Ok.


Contras:


  • É uma linguagem geralmente interpretada, isso significa maior tempo de espera por resultado.

  • Pode não ter uma boa conexão com banco de dados.


Prós:


  • É uma linguagem dinamicamente tipada, isso quer dizer que você não precisa ficar dizendo o tipo antes de declarar valor.

  • Multiparadigma: orientada a objetos, imperativa e ainda funcional.

  • Tem uma curva de aprendizado pequena se comparada a linguagens como Java, C, C++...

  • Tem uma ampla comunidade com blibliotecas e frameworks para tudo, desde web até ciencia de dados e web crawler.


Ok, já discutimos um pouco sobre os prós e contras, apesar de não ser tudo. Vamos falar sobre usos e casos de usos também.


A linguagem Python é uma linguagem bem robusta e capaz, sendo possível criar “sites inteiros” com ela, só para citar alguns exemplos temos o Instagram, e também o globo.com, ambos usam Django no backend, sendo tal, um dos frameworks backend mais populares e robustos, escrito em Python ele é, de longe o melhor e mais usado da linguagem.


Temos também o Pinterest e Netflix que usam Flask, um microframework backend em Python.


Muitos são os casos de uso e sucesso da linguagem, como por exemplo campo da robotica no rover recentemente lançado em Marte, também em IAs na Open IA, este blog também tem Python.


No lado do backend temos grandes e excelentes aplicações da linguagem como o framework Django, o micro famework Flask, também temos o CherryPy, Bottle Pyramide e alguns outros.


No frontend temos algumas iniciativas como Bryton, que promete trazer o Python para o lao do cliente também, tendo um interpretador python/javascript, alguns recursos do próprio Python podem não funcionar. Também há o Skulpt, e outros.


No campo do deep/machine learning temos bibliotecas como Keras e Tensorflow.


Na ciência de dados temos Panda, NumPy, Matplotlib e outras ótimas libs.


Ok, agora chega de tanto papo, vamos ver como escrever scripts.


Começaremos com um super “Olá mundo”.


Temos então o método built-in print, que serve para mostrar no console/terminal alguma mensagem.


Para isso basta rodar o super script print(‘Olá mundo’).


Fácil, não? Este é um dos motivos por trás da popularidade dessa linguagem. Sua facilidade ajuda muito na hora de construir sistemas que em outras linguagens teria-se mais trabalho e talvez mais erros.


Outro ponto a ser notado também é a falta do famoso ponto-e-virgula ao final de cada linha lógica, e também ausência de chaves, tão usadas na maioria das linguagens de programação. Vamos a um exemplo e para entedermos melhor vamos criar uma função soma:


def soma(a, b):
    return a + b


Aqui usamos a palavra reservada - keyword - def para registrar/criar nossa função de soma, nomeamos ela, recebemos os parametros e usamos a keyword return para retornar a soma dos nossos números.


E se quisermos usar funções anônimas? Ok, bem lembrado.


Podemos construir funções anônimas com a keyword lambda, exemplo:


lambda param: resto do código


Parece confuso? Programação funcional é assim mesmo, uma delícia porém as vezes confusa.


Vamos reescrever nossa função de somar de forma anônima, ficando assim:


lambda a, b: a + b


Você deve ta se perguntando como podemos usar uma função sem nome, como vamos chamar ela?


Para a nossa felicidade, podemos atribuí-la a uma variável, ficando da seguinte forma:


soma = lambda a, b: a + b


Agora podemos chamá-la normalmente, exemplo:


soma(2, 2)
# retornará 4


Tudo certo com nossa nave até aqui? Então vamos partir para o planeta dos operadores lógicos e relacionais.


Operadores relacionais, assim como na matemática, têm aplicações e funçoes semelhantes, vejamos o operador de igualdade, que na programação é representado por dois ‘=’, sendo então aplicado objeto1 == objeto2


Operadores relacionais sempre retornam um booleano - verdadeiro ou falso.


Relacionais mais usados:


  • Igual a - == - vai retornar True, se os itens verificados forem iguais ou False se for um diferente do outro.


  • Maior que - > - serve para verificar se o valor antes do operador é maior que o depois dele.


  • Menor que - <- faz a mesa coisa do anterior, porém verifica se o primeiro é menor


Ainda também, dá para usar dois deles combinados a formarem um só, exemplo:


  • Maior ou igual a - >= - este retorna True para caso o primeiro valor seja maior ou igual ao segundo.


  • Menor ou igual a - <= - faz o mesmo do anterior, porém verificando se o primeiro é menor ou igual.


Há ainda o operador diferente de - != -, este faz o contrário do operador de igualdade, verifica se os valores não for iguais.


Confuso, né? Eu sei, eu já confundi e usei bastante alguns de forma “erradas”, mas você agora sabe bem como funciona, ou assim espero.


Que tal a gente ver os operadores lógicos? Certo.


Operadores lógicos são de extrema importância pois eles nos permitem maior autonomia na hora de codar.


Existem três operadores lógicos - comumente falam apenas de dois -, em Python sendo eles OR, AND e NOT.


O operador OR observa se a representação booleana de um conjunto de dados é verdadeira e retorna True. Se ambos forem False, retorna False, se um for True, e os outros não, retorna True.


O operador AND verifica se ambos os conjuntos de dados têm a representação boolena igual a True, neste, se todos forem False, retorna False, se todos forem True retorna  True, se ao menos um for False, retorna False.


O NOT é o mais simples de todos, ele vai apenas negar um booleano, por exemplo, se ecrevermos NOT False, vamos ter um True, o mesmo vale para o contrário.


Ok, respira fundo, e vamos continuar.


Já ouvistes falar em estrutura condicional, certo? Vamos falar um pouco sobre ela agora.


Em Python temos o if, else e elif - este meio que uma junção dos dois primeiros. Para os de outra linguagem, este é o nosso else if.


Vamos ver na prática. Construiremos um script que verifica se uma idade guarda em uma variável é maior que 18, se não, mostraremos a mensagem “Você ainda não é maior de idade”:


idade = 10 

if idade >= 18:
    print(‘Você é maior de idade’)
else:
    print(‘Você ainda não é maior de idade’)


Opa, ficou bem grande. Vamos dividir este guia então em duas partes.


Chegamos ao quase fim mais uma vez, e espero ter esclarecido alguns pontos e te dado uma noção dessa maravilhosa linguagem.


Breve teremos a segunda parte onde veremos laços de repetição e mais algumas coisinhas legais. Espero te ver na próxima, então, até lá.

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